A importância da função jornalística na protecção das comunidades tradicionais
A título de exemplo, nos territórios quilombolas, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) assume a contabilização e divulgação dos boletins epidemiológicos.
Da mesma forma, nas comunidades pesqueiras, o “Grupo Observatório dos Impactos do Coronavírus nas Comunidades Pesqueiras” tem monitorizado o avanço da pandemia.
Ademais, estas associações editam folhetins informativos, com dados essenciais, que são adaptados à realidade e necessidades de cada grupo.
“Como prevenir a proliferação do coronavírus nos quilombos”?; “O que os pescadores e as pescadoras artesanais devem saber sobre o novo coronavírus?”; “Orientações aos Povos Indígenas: Coronavírus e Auxílio Emergencial”; e “Cuidado com a Kutipa do Novo Coronavírus” são alguns exemplos.
Os materiais informativos englobam desde orientações oficiais gerais, como “lavar as mãos”, “usar máscaras” e “manter o distanciamento social”, até orientações específicas para a localidade.
De acordo com as autoras, o fortalecimento destas redes é, assim, essencial para combater a pandemia no Brasil.
Por isso, apelam a todos os cidadãos que colaborem com estas iniciativas, com o objectivo de conter a propagação da Covid-19.