Vive-se uma era de transição na comunicação e o jornalismo encontra-se em fase de reestruturação. Torna-se necessário encontrar novas possibilidades, sem deixar para trás o fundamental: a essência da notícia e a responsabilidade com a verdade.
O papel do jornalista é investigar e reportar de forma imparcial e sem tomar partidos, assumindo sempre que o seu compromisso é, exclusivamente, com a verdade. Cabe-lhe transmitir a informação de forma clara, garantindo que todos os factos foram devidamente apurados.
O momento em que um profissional deixar de ter o compromisso com a verdade e com os factos, é o momento em que deverá “escolher outra profissão”. O empobrecimento dos artigos publicados conduziu à diminuição do número de leitores que valorizam bons conteúdos noticiosos.
As redações esvaziaram-se, os jornais impressos perderam grande parte das receitas provenientes da publicidade e muitos dos media tentam conquistar audiência através de conteúdos menos jornalísticos.
A jornalista Rennata Bianco realizou uma breve análise sobre a situação do jornalismo, a necessidade de ganhar coragem para enfrentar a realidade e para arranjar novas maneiras de comunicar, sem perder a essência da notícia e da verdade.
O artigo foi publicado no Observatório da Imprensa do Brasil, com o qual o CPI mantém um acordo de parceria.
“A verdade é que ninguém aceita, mas as velhas fórmulas se esgotaram. Está na hora de termos coragem de encarar a realidade dos fatos”.
A autora observa a forma como as redacções se esvaziaram e o papel foi dando lugar ao online, levando a que os artigos passassem a ser produzidos por jornalistas sem experiência, que apuram a veracidade dos factos e cobrem as histórias a partir das suas cadeiras.
Os media digitais pareciam ser a solução e uma nova forma de dar vida ao jornalismo, contudo, rapidamente se verificou que também traziam os seus problemas, entre os quais o “ruído”.
“O momento pede união entre todos profissionais da área, para apresentarmos um diagnóstico e discutirmos, a partir desse material, novas maneiras de comunicar. Traçar novos caminhos sem perder a essência da notícia.”
Certamente, existem várias possibilidades e oportunidades para reestruturar a profissão, porém, até ao momento, ainda ninguém as conseguiu identificar.
Mais informação em Observatório de imprensa.