A especulação nas NFTs e o financiamento dos “media”
Nos últimos anos, os “media” começaram a transformar alguns dos seus artigos e imagens em Non-Fungible Tokens (NFTs), ou seja, em “blockchains” inalteráveis, que asseguram que estes conteúdos não poderão ser partilhados de forma ilegal no espaço “online”.
Numa segunda fase, estes NFTs passaram a ser comercializados, ajudando as publicações jornalísticas a obterem mais receitas e a garantir a sua sustentabilidade financeira.
A aposta em NFTs verificou-se, também, no campo da arte digital, já que esta forma de “blockchain” garante a autenticidade de uma determinada obra de arte que, de outra forma, poderia ser distribuída, sem autorização, por diversas plataformas “online”
Conforme indica um artigo publicado no “Laboratorio de Periodismo”, actualmente, diversos cidadãos começaram a adquirir este tipo de produto, por acreditarem que o seu valor irá aumentar com o passar do tempo.
De acordo com o “site” “The Hindu Business Line”, neste momento, a criptomoeda Ethereum é a mais utilizada para realizar transacções de NFTs, embora outras empresas já tenham começado a investir neste formato.
Os utilizadores que adquirem estes bens passam, assim, a deter os seus direitos de autor e podem decidir a forma como são utilizados no mundo físico e digital. Ou seja, o titular de um determinado NFT tem o poder de estabelecer se este poderá permanecer “online”, se estará disponível para consulta de terceiros, etc.
Acima de tudo, os cidadãos que optam pela aquisição de NFTs fazem-no por considerarem que este será um investimento lucrativo (à semelhança do que acontece na compra e venda de todas as criptomoedas, cujo valor é estipulado pela especulação do mercado).
Novembro 21
De acordo com o “Laboratorio de Periodismo”, a “newsmagazine” “The Economist” foi uma das primeiras a apostar neste novo formato, transformando a sua capa de 21 Setembro, que explorava o mundo das finanças descentralizadas, num Non-Fungible Token.
Assim, pelo preço de 420 dólares, um dos consumidores da “Economist” passou a poder ditar o futuro da primeira página daquela edição (que continua disponível para partilhas ‘online’).
A “Playboy” foi outra das publicações que já apostou neste novo modelo de negócio, ao transformar 11.953 “coelhinhas 3D” em NFTs. Estas "coelhinhas 3D”, explicou Jamal Dauda, vice-presidente de ‘marketing’ da Playboy Enterprises, foram inspiradas na iconografia, herança e tradição da revista.
Neste caso, os NFTs assumem-se como uma espécie de "souvenir”, pelo que, em princípio, os seus titulares deverão optar por não os partilhar com terceiros nas plataformas digitais.
O mesmo aconteceu no “New York Times” que, em Março, vendeu uma das suas colunas de opinião por 500 euros. À semelhança, da “Economist”, o “NYT” doou este montante a uma instituição de caridade social.
Já a revista “Fortune” foi a que mais lucrou com o negócio dos NFTs, ao ter vendido uma edição limitada da sua publicação (que continua ‘online’) por 1,3 milhões de dólares.
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