A era digital exigiu novos especialistas nas redacções
As redacções apresentam, cada vez mais, uma grande diversidade de colaboradores e especialistas, que procuram responder às novas necessidades dos consumidores, através de informações fidedignas e visualmente atractivas, considerou José Antonio Gonzalez Alba num artigo publicado no “Cuadernos de Periodistas”, editados pela APM, com a qual o CPI mantém um acordo de parceria.
Como tal, as redacções contam, agora, com a presença de profissionais da área tecnológica, incluindo programadores, analistas, engenheiros e, até, matemáticos.
Conforme apontou o autor, esta é uma consequência directa da era digital, que veio exigir um novo modelo de negócio, que se distinga pela diversidade dos seus conteúdos, e que possa ser alvo de uma constante adaptação.
Estas mudanças verificam-se, também, nas Universidades, onde os professores tentam preparar os jovens para o novo mercado de trabalho, ajudando-os a compreender o modelo multiplataforma, e a dominar as análises estatísticas.
De facto, actualmente, as redacções procuraram profissionais “completos”, que tenham noções sobre os novos formatos informativos, que compreendam os novos modelos de negócios, e que consigam analisar as tendências de tráfego.
Ainda assim, é irrealista conceber um jornalista que domine todas as áreas de funcionamento de um título contemporâneo que, de acordo com o especialista Ismael Nafría, deve contar com a colaboração de 25 perfis profissionais distintos.
Até porque, de acordo com Nafría, a presença destes perfis profissionais – que incluem gerente de assinaturas, analistas de dados,designers de infográficos, produtores e editores de vídeo e gerentes de áudio, entre muitos outros – serve, acima de tudo, para assegurar a” imperativa transformação digital que o sector exige”.
Além disso, à frente de toda esta operação, deverá estar um “líder”, que assegure a transversalidade do título, e a coesão de todos os produtos oferecidos, incluindo formato de texto, multiplataforma, “newsletters” e “podcasts”.
Março 22
Neste contexto, a redacção contemporânea é, cada vez mais, um espaço aberto, em que a informação circula livremente, e em que os produtores de conteúdo interagem com os gerentes, que implementam estratégias de crescimento.
Tudo isto deverá ser rematado, em breve, com a normalização da Inteligência Artificial, responsável pela automatização de processos.
Ainda assim, concluiu o autor, por muito que as redacções possam transformar-se e evoluir, há um elemento que nunca pode faltar: os grandes contadores de histórias, que são, de facto, a base de todo o negócio.
Leia o artigo original em “Cuadernos de Periodistas”
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