A desinformação como oportunidade para o jornalismo sério
“Se não se verifica bem - afirmou Nemesio Rodríguez - é muito fácil que haja erros e que passem notícias falsas. Os erros são causados pelo imediatismo, quando as agências estão há anos a trabalhar a essa velocidade.” (...)
Também Javier Martín Cavana, outro dos oradores neste encontro, disse: “O que tem de preocupar-nos, nos meios de comunicação, não são as notícias falsas, mas também aquelas em que há um pequeno erro” - explicando que são mais numerosas e têm de ser rectificadas:
“Não se pode condenar um jornalista por se ter enganado, mas, se não se rectifica, aí sim, deve ser sancionado.”
“O contraste com as fake news é positivo para os media” - disse também Ramón Alonso, director-geral da Asociación de Medios de Información, porque faz com que “as pessoas se apercebam de que os meios tradicionais são mais verdadeiros do que julgam”.
Por seu lado, Guillermo Escobar, director do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade de Alcalá, sublinhou a inconveniência de impor regulações no sector “a pretexto das fake news”. Na sua opinião, o direito a receber informação verdadeira “pode ser garantido com outras medidas. (...) O que é preciso é lutar pela veracidade na Imprensa.” (...)
E Clara Jiménez Cruz destacou a importância de ensinar os cidadãos a terem pensamento crítico desde o primeiro momento em que abordam uma notícia. “Temos actualmente pouca capacidade para impedir que um boato se torne viral” – afirmou, acrescentando que no canal La Sexta se está a trabalhar numa série de ferramentas para conseguir detê-los antes da sua difusão maciça.
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