A cobertura da pandemia nos “media” acentuou o seu papel
Por outro lado, o colaborador da “Atlantic” destaca que, ao contrário do que acontece com reportagens sobre “furacões e incêndios”, que ocupam apenas uma pequena porção da agenda noticiosa, a pandemia é o foco de todos os “media” há mais de um ano.
Por isso mesmo, o jornalista sentiu necessidade de ser inventivo nas temáticas abordadas, para evitar que os leitores deixassem de interessar-se pela pandemia.
Da mesma forma, Yong destaca que foi necessário desligar-se de qualquer ego, para que o seu trabalho fosse compreendido por um grande número de leitores, e pudesse fazer a diferença entre a vida e a morte de algum cidadão.
Para tal, este profissional manteve contacto com colegas de redacção, para se certificar de que todos os temas eram explicados de forma clara.
Yong refere, neste sentido, que recebeu “feedback” positivo de vários leitores, que disseram preferir reportagens com “perguntas e repostas”, a qualquer análise estatística.
Ainda assim, o jornalista refere que alguns cidadãos são imunes a factos, o que origina movimentos negacionistas e de desinformação.
“É algo horrível para o jornalismo porque é a base da nossa profissão. Mas as pessoas não são contentores vazios para onde depositamos informação. As pessoas processam dados através das lentes da sua personalidade, identidade política, comunidade e sentido de pertença a círculos de amigos e familiares”, disse.
Por outro lado, Yong considera que a abordagem e conduta das figuras de Estado pode ser um factor essencial na aceitação de dados jornalísticos como sendo factuais.