A China aperta o controlo sobre correspondentes estrangeiros…
Um grupo de correspondentes estrangeiros foi insultado na China, onde se tem vindo a registar uma hostilidade crescente quanto à presença de jornalistas internacionais. Neste caso, os insultos e ameaças verbais prenderam-se com a cobertura noticiosa das cheias na cidade de Zhengzhou.
De acordo com o jornal “Guardian”, os principais alvos foram correspondentes da BBC News, devido ao actual conflito entre a China e os “media” britânicos, que foi espoletado pela não renovação da licença de emissão canal CGTN no Reino Unido.
“Há muitas pessoas em Zhengzhou que estão disponíveis para falar sobre os danos causados e sobre as dificuldades que estão a enfrentar”, afirmou Alice Su, jornalista da BBC News, na rede social Twitter. “Contudo, há um grupo que parece estar muito zangado, e ansioso por expulsar estrangeiros”.
Já Stephen McDonell, outro correspondente da BBC na China, comentou, na mesma rede social, que estes ataques faziam parte de uma “campanha de assédio orquestrada”, que incluía ameaças de violência.
Entretanto, os insultos aos jornalistas começaram a ser partilhados na rede social chinesa Weibo, recolhendo diversos comentários críticos do trabalho desenvolvido por estes profissionais.
Além disso, alguns dos utilizadores daquela rede social pediram a deportação dos correspondentes da BBC, e incluíram alguns dados pessoais dos jornalistas, para que estes fossem facilmente identificados por outros agressores.
Este tipo de incidentes foi, também, reportado por jornalistas da Deutsche Welle, CNN e Al Jazeera, que terão enfrentado comentários negativos sobre a sua presença no país.
De acordo com a Freedom House, a China é um país não livre, que detém a maior máquina de censura do Mundo.
Julho 21
Desta forma, a maioria dos “media” é controlada pelo governo de Pequim, que supervisiona a acreditação de jornalistas e aplica sanções a qualquer publicação que faça comentários críticos ao Partido Comunista Chinês (PCC)
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