Portugal perdeu metade dos jornais e revistas nos últimos 20 anos
Em 2022, existiam em Portugal 840 jornais e revistas (em papel e em formato digital), em contraste com as 1763 existentes em 2000. O país perdeu, portanto, mais de metade das publicações periódicas em 20 anos.
Os dados são da Marktest, que fez uma análise no âmbito do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, celebrado a 3 de Maio, tendo como fonte o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No universo das publicações periódicas nacionais, em 2022, 13,1% eram em suporte electrónico, 41,2% em papel e suporte electrónico e 45,7% apenas em papel.
Nesse ano, circularam cerca de 339 milhões de publicações periódicas (338 881 202), entre as quais 50,2% jornais e 49,2% revistas. O conceito de circulação diz respeito ao número de exemplares disponibilizados no mercado e que chegam aos leitores; correspondem à soma das vendas, assinaturas e ofertas.
Quanto a edições impressas, a tiragem total foi de quase 176 milhões (175 852 432), 68,7% jornais e 31,3% revistas. A tiragem é o número total de exemplares referentes a uma dada edição em suporte de papel.
A análise à escala dos concelhos revela que, em 2022, mais de três quartos das publicações periódicas de todo o país (27,5%) eram editadas em Lisboa. No grupo dos cinco concelhos com mais publicações editadas encontravam-se ainda o Porto, Oeiras, Coimbra e Sintra.
Em 126 dos 308 concelhos em Portugal (40%) não havia, àquela data, nenhuma publicação periódica. Em 87 concelhos, era editada pelo menos um jornal ou revista, e em 95 concelhos existiam três ou mais publicações.
(Créditos da fotografia: congerdesign no Pixabay)