Despedimentos no LA Times, National Geographic e Time
"Los Angeles Times" despediu mais de 20% da sua redacção, cerca de 115 pessoas, para tentar dar resposta a anos de perdas financeiras, informou Meg James, redactora sénior de entretenimento do Times. Isto enquanto o proprietário milionário Patrick Soon-Shiong procura uma nova direcção.
Num artigo publicado no Poynter, Tom Jones relembra que os cortes se seguem às saídas de três editores de topo – incluindo o editor executivo Kevin Merida – e a duas rondas de despedimentos no ano passado que eliminaram mais de 80 postos de trabalho.
Os cortes atingiram vários departamentos, incluindo Washington, negócios, desporto, notícias de última hora, De Los - um projeto centrado em "todas as coisas da Latinidade", "equipa meme" 404, vídeo e fotografia.
Das 115 demissões, 94 envolveram membros do sindicato. Soon-Shiong disse ao Times que estava desapontado com o facto de o sindicato ter organizado uma greve de um dia, em vez de trabalhar com a empresa para criar um plano para atenuar os despedimentos.
No X, os repórteres do Times partilharam que foram despedidos através de um "webinar" que tinha a janela de chat desactivada, impedindo-os de fazer perguntas. Um repórter referiu até que recebeu o aviso enquanto estava numa viagem de trabalho para o Times.
A National Geographic e a revista Time também avançaram com despedimentos. Uma repórter de saúde e ciência da revista Time escreveu na rede social X que ela e outros 12 jornalistas tinham perdido o emprego e o sindicato da equipa editorial da revista anunciou que as demissões incluíam 15% dos seus membros.
De acordo com Maxwell Tani, da Semafor, o director executivo da Time, Jess Sibley, informou através de um memorando que a empresa cortou postos de trabalho nas áreas editorial, técnica, de vendas e no estúdio audiovisual, para tornar a revista mais rentável.
"Temos de continuar a aumentar as nossas receitas, gerindo simultaneamente os custos operacionais de forma eficiente. Nos últimos 12 meses, reduzimos diligentemente as nossas despesas. Ainda há mais trabalho a fazer", escreveu Sibley. "Embora tenhamos visto sinais positivos de crescimento na TIME ao longo do último ano, o nosso sector continua a enfrentar desafios e a ser imprevisível em geral."
No ano passado, dezenas de meios de comunicação social despediram trabalhadores devido à inflação e à quebra de receitas provocada pela recessão do mercado publicitário. A Pitchfork, a Sports Illustrated e o Baltimore Banner despediram vários colaboradores recetemente.