Nove anos depois de comprar o Washington Post, Jeff Bezos tem, finalmente, uma equipe de gestão inteiramente escolhida por si. Mas, pergunta-se no artigo da Columbia Journalism Review, quem manda no jornal?
O encaixe inicial do dinheiro de Bezos posicionou o Post como um sério concorrente na competição nacional e internacional no sector da Imprensa. Mas será que a sua equipa de liderança pode manter esse impulso?
Com leitores e receita em declínio e Bezos a não querer compensar a diferença, o Post está a considerar reduzir a redacção a cem posições, cerca de 10 por cento, verificando-se também problemas com a liderança.
Cerca de um ano depois de comprar o Washington Post, Bezos contratou Fred Ryan como editor e executivo-chefe.
Num artigo do New York Times, Benjamin Mullin e Katie Robertson descreveram Ryan como indeciso e um micro gerente. Escreveram que o executivo monitoriza os cartões de identificação para ver quem está no escritório e expressaram preocupações sobre a atividade de videoconferência ser mais baixa às sextas-feiras como um sinal de que os repórteres estavam desmotivados. Correlacionar positivamente reuniões com produtividade tornou-se objeto de escárnio generalizado no Twitter jornalístico.
Ryan, também acabou de perder Shailesh Prakash, o visionário chefe de tecnologia do Post e o maior responsável pelo extraordinário sucesso do sistema editorial do jornal. Bezos pensava tanto em Prakash, que o nomeou para o conselho da Blue Origin, o seu empreendimento de viagem espacial.
Sally Buzbee, a editora executiva contratada por Bezos e Ryan, depois da reforma de Marty Baron, tinha uma reputação sólida na Associated Press, onde anteriormente actuou como editora executiva. Mas, certamente não foi a agente de mudança que alguns esperavam no Post.
Outubro 22
Assumindo o lugar de Baron, Buzbee teve a oportunidade de transformar o Post em líder de um jornalismo de escrutínio do poder que os seus leitores desejam, embora não tenha conseguido tornar a redacção mais inclusiva e democrática. Aparentemente ainda não encontrou o seu ritmo.
A cultura do Post sob a orientação Baron, desencorajou fortemente a autocrítica. Buzbee parece continuar essa tradição ao optar por demitir Felicia Sonmez em Junho, em vez de acolher o seu desafio de corrigir as desigualdades da redacção.
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