Violência em Hong Kong incendeia impressora do “Epoch Times”
"Hong Kong está a sofrer um aumento alarmante da violência contra jornalistas e operações de media, ameaçando a tradição de liberdade de imprensa da cidade", disse Steven Butler, coordenador do Programa Ásia da CPJ, em Nova Iorque. "A polícia deve tomar medidas imediatas para prender os responsáveis por incendiar a fábrica de impressão Epoch Times e garantir que sejam responsabilizados".
A esquadra da Polícia de Tsuen Wan abriu uma investigação, de acordo com as mesmas fontes.
As câmaras de segurança da loja gravaram os quatro homens vestidos com roupas pretas semelhantes às usadas pelos manifestantes pró-democracia, como visto no post no Facebook. Numa declaração, o Epoch Times escreveu que os homens podem ter-se vestido como manifestantes para, deliberadamente, enganar a investigação.
"O nível de violência contra jornalistas em Hong Kong chegou a um ponto em que o simples acto de relatar pode pôr as suas vidas em perigo, o que é absolutamente inaceitável", diz Cédric Alviani, chefe do departamento de Ásia Oriental da Repórteres Sem Fronteiras(RSF), que insta novamente a chefe do Executivo, Carrie Lam, a "renovar sem demora o compromisso de proteger a liberdade de imprensa que ela assumiu em agosto em sua resposta escrita à RSF".
Desde o início das manifestações em Hong Kong, em Junho, os jornalistas têm estado sob enorme pressão e muitos deles têm sido vítimas de abusos por parte das forças policiais.
No RSF World Press Freedom Index, a Região Administrativa Especial da China em Hong Kong caiu da 18º posição, em 2002, para 73º, este ano. A China está classificada em 177º lugar, entre 180 países e territórios considerados.