Vídeos ainda não substituem o texto na pesquisa de notícias
Curiosamente, são os que têm mais de 65 anos que votam no vídeo acima do texto, e com uma percentagem que passa do dobro. No entanto, segundo a notícia de Le Figaro – Médias, que aqui citamos, "isto não quer dizer que os jovens se desinteressam do vídeo, mas antes que estão a deixar a televisão em favor da Internet, ao contrário dos seus mais velhos, que lhe permanecem fiéis":
"Se nos limitarmos aos media online, os jovens entre os 18 e os 29 anos são, efectivamente, e de longe, os maiores consumidores de vídeos, já que são pelo menos duas vezes mais voltados para este suporte do que os de mais de 30 anos."
Indo ao pormenor dos números citados no início, estamos a falar de 42% de jovens que preferem ler as notícias, acima de 38% que preferem vê-las em vídeo; não é uma grande distância. É bastante maior a que separa os 58% dos maiores de 65 anos que votam no vídeo, acima dos 27% que preferem a leitura.
Ainda segundo Le Figaro, "desde 2014 até agora, o Facebook acumulou mais de três biliões de visionamentos das suas reportagens de menos de um minuto, com taxas de permanência muito elevadas; e, desde 3 de Outubro, o site Minute Buzz abandonou completamente os artigos para se concentrar em exclusivo na difusão de vídeos pelas redes sociais."
Mas atenção à possível falta de rigor destes instrumentos de medida :
"Recentemente, o próprio Facebook reconheceu ter inflacionado os números dos vídeos que hospeda. Depois de apenas três segundos de consulta, o contador adicionava um visionamento, sem fazer distinção entre os utilizadores que iam até ao fim, ou não, e os utilizadores vendo com ou sem o som ligado."
O artigo citado, no Le Figaro, de onde colhemos a imagem, e o estudo do Pew Research Center