Parte da explicação pode vir dos acordos estabelecidos entre as grandes editoras e a Amazon. Entre finais de 2014 e meados de 2015, as cinco maiores empresas assinaram um novo contrato com a Amazon, que representa mais de dois terços das vendas do livro digital, por intermédio do seu sistema Kindle. Mas depois subiram o preço médio dos mesmos livros digitais. 

“Se formos à Amazon comprar um livro”  - conta Jane Friedman, professora da Universidade de Virginia e autora do blog com o seu nome - “não é raro que o preço da edição impressa seja equivalente ou até inferior ao do e-Book.” 

Segundo Jane Frieman, pode dar-se o caso de os próprios editores estarem a travar intencionalmente a venda do digital, “procurando preservar, em certa medida, o modelo económico que fez o seu sucesso, quer dizer, o de vender livros em postos de venda físicos”. (...)

“Existe uma pressão sobre os postos de venda físicos (...) que vai levar cada vez mais pessoas a comprar online, o que beneficiará, provavelmente, a venda dos livros digitais”  -  prevê Jane Friedman. E segundo Marisa Bluestone, porta-voz da Associação dos Editores, “há altos e baixos em todos os formatos, mas nenhum vai desaparecer”.

 

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