VASP quer aplicar taxas a postos de venda de jornais
Diversos quiosques e papelarias estão a boicotar a venda de publicações, como forma de protesto contra um novo encargo criado pela VASP, a empresa que assegura a distribuição de jornais em todo o território nacional.
Os postos de venda começaram por condicionar a venda “Correio da Manhã” e planeiam fazer o mesmo com o “Expresso”.
Em causa estão os encargos adicionais que a VASP comunicou, a 6 de Maio, a milhares de postos de venda, para passar a cobrar uma taxa a partir de 4 de Julho.
No comunicado, a VASP invocava a queda de circulação das publicações, durante a pandemia, como uma das razões para a necessidade de criação das taxas.
“O mercado das publicações periódicas, em Portugal, tem vindo a sofrer uma quebra estrutural das suas vendas ao longo dos últimos anos, devido à crescente digitalização dos conteúdos e à concorrência de novos meios digitais. A actual crise pandémica veio agravar ainda mais essa tendência de quebra, tendo as vendas de publicações em banca caído mais de 20% nos últimos 12 meses”, apontou a VASP.
“Apesar dos vários apelos dirigidos ao Governo, a VASP não recebeu, até à data, qualquer tipo de apoio do Estado, tendo os seus accionistas vindo a suportar os fortes prejuízos da manutenção desta actividade”, referiu a VASP, notando que “a manutenção da actual situação é insustentável” e que “a única forma de acautelar a continuidade do fornecimento” será “um esforço conjunto, através da comparticipação pelos pontos de venda nos custos de transporte, entrega e recolha de publicações”.
Junho 21
“Este é, aliás, o modelo em vigor há já alguns anos em outros países europeus”, acrescentou a empresa.
Criada em 1975, a VASP é controlada por dois dos maiores Grupos de comunicação social do país. Era detida, até ao ano passado, em partes iguais, pela Cofina -- detentora do “Correio da Manhã” --, Global Notícias e Impresa (dona do “Expresso”).
No início deste ano, a Impresa vendeu a sua participação por 2,1 milhões de euros, que foi repartida entre a Global Notícias e a Cofina, ficando cada uma destas com uma posição total de 50% na VASP.
A empresa serve, actualmente, cerca de 5400 pontos de venda a nível nacional.
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