Tribunal condena Colômbia pelo rapto e tortura de jornalista
O Estado colombiano foi considerado culpado pelo rapto e tortura da jornalista Jineth Bedoya, que foi capturada em 2000, durante a cobertura noticiosa da guerra civil naquele país.
Após 21 anos de investigação e julgamentos, o Tribunal Inter-Americano de Direitos Humanos reconheceu a responsabilidade do Estado pela “agressão verbal, física e sexual” daquela colaboradora dos “media”.
O veredicto foi, entretanto, celebrado pela jornalista e por diversas associações dos “media”, entre as quais a Fundação Colombiana para a Liberdade de Imprensa (FCLI), que providenciou assistência legal durante todo o processo.
“Esta decisão estabelece um bom precedente, que irá recordar o governo de que não pode ignorar a violência contra a imprensa”, disse o presidente da FCLI, Jonathan Bock, citado pelo “Guardian”. “Isto também ajudará a sociedade e as mulheres jornalistas a alertarem para a violência de género”.
Conforme recordou o “Guardian”, Bedoya foi raptada em 25 de Maio de 2000, junto a uma prisão de Bogotá, onde se encontrava para entrevistar um líder paramilitar. A jornalista terá sido drogada e levada para fora da cidade, onde foi torturada.
Depois de as autoridades se terem demonstrado incapazes de investigar o ataque, Bedoya começou a implementar as suas próprias medidas, obtendo o apoio da FCLI e do Centro para a Justiça e Legislação Internacional (Cejil, na sigla inglesa).De acordo com os relatórios da Freedom House, a Colômbia é um país parcialmente livre, onde os jornalistas são, frequentemente, alvo de perseguição e violência.
Outubro 21
Além disso, em Maio de 2020, ficou a saber-se que as autoridades colombianas utilizam ferramentas de espionagem para controlar os movimentos e contactos de jornalistas locais e correspondentes estrangeiros.
A Colômbia está classificada em 134º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
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