The Wall Street Journal parecia um desses gigantes da Imprensa imune à crise que afectava o resto do sector.” No entanto, e segundo informação de Media-tics, que aqui citamos, “desde que o título passou a ser propriedade de Rupert Murdoch que não experimentava uma situação tão incerta”. 

No seu primeiro trimestre fiscal, registou uma quebra de 21% na receita publicitária. “A primeira medida que tomaram para reduzir custos foi reunir várias secções da edição impressa. (...) Os planos vão mais longe e incluem o desprendimento de parte importante das edições impressas na Europa e na Ásia.” (...) 

“O projecto WSJ2020 pretende converter o diário numa empresa cada vez mais digital e móvel. Segundo a Dow Jones, proprietária do jornal, no ano passado as assinaturas digitais duplicaram na Ásia e cresceram 48% na Europa. No primeiro trimestre de 2017, foram acrescentados 118 mil assinantes no digital aos quase 1,2 milhões [já existentes].” 

“Ainda que estes dados pareçam esperançosos, o certo é que na empresa assumiram como meta chegar aos três milhões de assinantes em 2017, um número que parece distante. A sua férrea pay-wall tornou-se uma grande fonte de receitas... mas também a sua própria laje.” 

A reestruturação teve que assumir que “uma empresa que pretenda ser um referencial no novo século não pode admitir uma redacção em que as mulheres mal tenham representação em postos importantes, ou que ganhem menos do que os homens”: 

“Depois de receber numerosas críticas internas e da sociedade americana, a Dow Jones emitiu um comunicado em que reconhecia este problema e se propunha contratar um especialista em diversidade e travar a desigualdade de género, raça, etnia, orientação sexual ou incapacidade”.

 

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