“The New York Times” de boa saúde no digital como no impresso
É um relatório que parece ao contrário da tendência dominante, nos tempos que correm. Qualquer jornal gostaria de replicar, à sua dimensão, este tipo de resultados. No entanto, aqueles que os vivem por dentro têm um optimismo mais modesto, chamando-lhe um “milagre diário” - como conta, na referida entrevista, a directora de comunicação do NYT, Linda Zebian.
“O modelo de subscrição digital do jornal, lançado em 2011, conseguiu, em Agosto do ano passado, ultrapassar a marca do milhão, atingindo já actualmente os 1,424 milhões. A maior parte desse público, curiosamente, encontra-se para lá das fronteiras dos EUA. ‘E mais’, revela Linda, ‘há agora mais pessoas a pagar pelos nossos conteúdos do que em qualquer outra altura dos nossos 150 anos de história. Temos mais 64% de subscritores - papel e digital combinados - do que tínhamos no pico da edição impressa, e podem ser encontrados em praticamente todos os países do mundo’.”
Há na redacção uma preocupação constante pelo aperfeiçoamento das técnicas digitais:
"Também é nossa prioridade integrar jornalistas com capacidades gráficas, de vídeo, de design, de estatística, de análise de audiências e muito mais. A nossa equipa inigualável de jornalistas está constantemente a reimaginar a forma como contamos histórias e a liderar a inovação em toda a indústria dos media", realça Zebian. (...)
"Ainda temos um significativo negócio impresso, que inclui mais de 1,1 milhões de subscritores da edição em papel, 90% dos quais também têm subscrição digital. Esses estão activos, em média, mais de três horas por semana no nosso website e apps, o que os coloca entre os nossos mais dedicados utilizadores digitais", sublinha a responsável.
A entrevista no DN online, de onde colhemos a imagem, assinada Carlo Allegri /Reuters