"Por esse motivo - diz ainda o comunicado – decidimos suspender o título a partir de 6 de Maio.”

Na sequência do comunicado, um dos responsáveis do jornal, Alison Phillips, dirigiu uma mensagem interna na qual afirma que “fizemos tudo o que podíamos fazer, mas não foi possível atingir as vendas necessárias para cobrir os custos financeiros."

Por seu lado, um professor de jornalismo da City University, Guardian Roy Greenslade, reconheceu que o desaparecimento do The New Day “não foi uma surpresa”, criticando, simultaneamente, o perfil escolhido para o lançamento do jornal, o segmento de leitores mal definido e as “escolhas editoriais discutíveis”.

O Grupo proprietário do extinto The New Day é detentor de 150 títulos no Reino Unido e Irlanda, entre os quais o Daily Mirror.

O The New Day foi lançado em 29 de Fevereiro, como desafio à erosão de leitores e de receitas publicitárias a favor de outros meios.

Orientado para o consumo e estilos de vida, o jornal visava “um largo público de mulheres e homens que procuram qualquer coisa de diferente, que não se encontra actualmente”, segundo o Trinity Mirror. Pelos vistos assim vai continuar.

As vendas nunca ultrapassaram os 40 mil exemplares por dia, quando o objectivo inicial se situava numa circulação de 200 mil exemplares.