O Observador sublinha que Rui Hortelão “sai assim da revista e do grupo Cofina numa altura em que a empresa estava a proceder a despedimentos e, no caso da revista Sábado, à redução de alguns ordenados de jornalistas”.

 

Segundo o artigo que aqui citamos, “os números de vendas em banca e circulação total da revista Sábado têm sofrido uma quebra. Em 2016, segundo dados da APCT, a circulação total da Sábado foi de 45.438 exemplares, menos 12% que em 2015. As vendas em banca também caíram, mas menos: vendeu em média, por edição, 26.506 exemplares, uma quebra de 6% face a 2015”.

 

O Expresso online segue outra pista, pondo a questão de “saber se esta saída está relacionada com a existência de queixas contra o jornalista na Entidade Reguladora para a Comunicação Social, na Comissão da Carteira Profissional de Jornalista e no Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas pelo alegado exercício  - à margem da Sábado -  de funções incompatíveis com a profissão de jornalista”. 

“Em causa está a alegação de que Rui Hortelão acumulava as funções de director da Sábado com a qualidade de sócio-gerente de uma empresa  - a Coquette & Butterfly, Lda -  que se dedica, entre outras coisas, à edição de publicações em papel e digital, à organização de eventos, à venda e gestão de espaços publicitários e à consultoria a empresas.”

 

O Expresso afirma não ter podido obter comentário da Cofina sobre esta matéria, mas contactou Rui Hortelão, que garante não haver relação causa-efeito entre estas queixas e a saída da direcção da revista e, ainda, que pode provar não ter exercido “quaisquer funções incompatíveis com o jornalismo, nomeadamente por ter deixado de ocupar o cargo de sócio-gerente da empresa antes de ingressar na Sábado e por, quando exerceu funções na Coquette & Butterfly, Lda, entre 2011 e 2013, ter apenas desenvolvido projectos de índole editorial e não comercial”.

 

Segundo outras fontes ouvidas pelo Expresso, “na origem da saída de Rui Hortelão dos quadros da Sábado terão estado divergências crescentes com a administração em torno do futuro da revista e que se agudizaram nos últimos meses, no âmbito de um processo de reestruturação em curso na Cofina  - que inclui vários reajustamentos editoriais e redução de quadros”. 


Mais informação no Observador e no Expresso