Revista “Time” faz capa com personalidades do ano

Ao justificar a opção da Time, Felsenthal descreve os jornalistas como os “guardiões” na luta pela verdade e adverte que os principais títulos de Imprensa, ao longo deste ano, traduziram uma preocupação sobre “a insidiosa e crescente ameaça à liberdade”.
Jamal Khashoggi, jornalista saudita assassinado, Maria Ressa, acusada de fraude numa tentativa de ser silenciado pelo governo de Rodrigo Duterte, Wa Lone e Kyaw Soe Oo, jornalistas da Reuters presos há um ano em Myanmar, e o Capital Gazette of Annapolis, cuja redacção foi atacada, “são representativos de um combate mais alargado por tantos outros em todo o mundo – a 10 de Dezembro pelo menos 52 jornalistas foram assinados em 2018 – que arriscam tudo para contar a história do nosso tempo”, justifica Edward Felsenthal.
De facto, o ano de 2018 voltou a ser negro para os jornalistas em todo o mundo, assassinados uns, e outros detidos sem culpa formada, ou vitimas de grotescos processos.