Em 2015, o semanário tornou-se grátis, depois de uma década de declínio nas vendas. Paul Cheal, o director-executivo de música da Time Inc UK, que detém a NME, explicou que essa decisão ainda permitiu à revista, sustentada só pela publicidade, recuperar a circulação de 300 mil exemplares, a que tinha chegado no seu auge, nos anos 60, quando era indispensável para quem quisesse acompanhar as carreiras dos Beatles e dos Rolling Stones. 

“Infelizmente, chegamos a um ponto em que a revista semanal gratuita já não é financeiramente viável. É no espaço digital que o nosso esforço e investimento se concentrarão para garantir um futuro forte para esta famosa marca”, afirmou ainda Paul Cheal.

Segundo o Público, que aqui citamos, a expansão dos serviços digitais vai incluir, juntamente com o website, a criação de dois novos programas de rádio, de forma a aumentar a sua audiência digital, assim como melhorias no serviço de bilheteira e o apoio a novos talentos através de uma parceria com a PledgeMusic, uma plataforma de música que permite o contacto directo entre artistas e fãs.

"Com estes novos desenvolvimentos, estamos a dar aos consumidores ainda mais do que eles querem. Ao tornar as plataformas digitais o nosso foco principal, podemos acelerar o crescimento incrível a que temos vindo a assistir e alcançar mais pessoas do que nunca através dos dispositivos que estão a ser usados de forma natural", disse Keith Walker, director digital da New Musical Express.

Mas o fecho da edição impressa chegou agora  -  uma semana depois de a Time Inc UK, que também publica a Marie Claire e a Country Life, ter sido adquirida pelo grupo Epiris por 130 milhões de libras. 

A New Musical Express vai continuar online em nme.com, reaparecendo esporadicamente em edição impressa, em números especiais NME Gold, para satisfazer o desejo das grandes estrelas da música pelo produto impresso  - segundo The Guardian.

 

Mais informação no PúblicoLe Monde  e  The Guardian