Revista espanhola “Periodistas” escreve sobre a “nova vida do jornalista norte-americano”
O segundo artigo é de José María Carrascal, que durante muitos anos tem informado e comentado a actualidade nos EUA, e que define este “novo jornalismo” como ganhando em brilho o que perde em informação, diluída em metáforas, paráfrases, citações e, sobretudo, subjectivismo: “O novo jornalismo pertence mais ao género literário denominado prosa poética” - afirma, com alguma ironia.
O terceiro é uma extensa entrevista de Myriam Redondo com Scott Reinardy, professor na Universidade do Kansas, autor de “um livro corajoso”, intitulado - “A geração perdida do jornalismo: o desmantelamento das redacções de jornais nos Estados Unidos”.
Como explica o texto de apresentação, o autor descreve o estado psicológico dos afectados pela grande crise, denominada “o extermínio”. Reinardy investigou 150 diários e falou com cerca de 5.000 profissionais. Havia poucas observações tão académicas como cruas sobre esta tempestade laboral. Segundo as suas conclusões, já não há nas redacções o sentido de pertença a uma família: “Receio que os 5.000 jornalistas com que falei se viam a si mesmos como operários de fábricas. Tinham desaparecido o amor, a paixão e o empenho pelo trabalho.”
Entre outros trabalhos, esta edição de Periodistas contém ainda uma análise sobre a “positiva evolução profissional” do jornalismo regional em Espanha, elaborada pelo seu director, Jesús Picatoste; a segunda parte de Por uma teoría del periodismo, do Prof. Enrique de Aguinaga; e uma série de contribuições sobre Actualidade Digital.