Restrições à imprensa agravam-se em Hong Kong

“Os ‘media’ fazem com que os criminosos passem por heróis. Isto é muito mau”, afirmou Lee. “Quando assistimos a um raciocínio tendencioso, devemos dizer-lhes directamente que isto não é correcto, através de qualquer meio. Também precisamos de falar alto, a nossa voz tem de dominar”.
Alguns analistas citados pelo “Guardian” preocupam-se, agora, com o acentuar das restrições à liberdade de imprensa em Hong Kong.
“Isto não vai terminar com a condenação de Jimmy Lai”, afirmou Lokman Tsui, investigador na Universidade Chinesa de Hong Kong.
“Ao longo dos últimos meses, vimos que as autoridades estão a pressionar o operador público do território”, continuou. “Isto vai ser devastador para a liberdade de imprensa”.
“Hong Kong costumava ser uma janela da China para o resto do mundo (...). Isto vai ser prejudicial para toda a gente”.
Recorde-se que, em Agosto de 2020, Lai foi detido pelas autoridades, por ter participado em manifestações pró-democracia.
No mesmo dia, as autoridades inspeccionaram a redacção do “Apple Daily”.
Esse evento marcou o escalar da repressão à imprensa de Hong Kong, onde vigora, de momento, uma lei da segurança nacional.
Este documento, imposto pela China, serve para punir “actividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras” com penas que podem ir até à prisão perpétua.