"Estas detenções constituem uma grave violação aos direitos humanos dos nossos camaradas de trabalho, bem como os seus direitos enquanto jornalistas", defendeu Anthony Bellanger, secretário-geral da FIJ.

Yagma Fashkhami, responsável pelo Etemad Sasan Aghaei, e Sasan Aghaei, jornalista do Didban Iran, foram detidos, respetivamente, a 13 e a 22 de Agosto, sob a acusação de terem promovido "acções contra a segurança nacional", porque, supostamente, colaboraram com órgãos internacionais de media.

Embora ambos negassem qualquer acto ilegal, isso não impediu que fossem detidos e que continuem sob pressão das autoridades para a obtenção de falsas confissões.

Aghaei está em isolamento e a sua mãe informou que "a sua prisão arbitrária foi prolongada por mais um mês no passado dia 13", enquanto Fashkhami está preso pela segunda vez, em três anos, e também o prazo da sua detenção foi prolongado por um mês. Em ambos os casos estão proibidas quaisquer visitas de familiares e amigos.

De acordo com a FIJ, o Irão continua a ser considerado um dos mais perigosos do mundo para os jornalistas, continuando detidos cinco profissionais de comunicação no país.


Com estas novas detenções, o regime iraniano emparceira com os piores exemplos de restrições à informação.