Repórteres contam em livro a história das histórias

Escreve Sofia Branco : “ numa altura em que os meios de informação apostam cada vez menos no jornalismo de investigação e na grande reportagem, importa assinalar que há quem o faça – para bem do público e da sociedade – e quem o faça bem feito. É, por isso, gratificante saber que há quem não se deixe prender a constrangimentos, de tempo, espaço ou outros, e consiga ultrapassar os obstáculos para nos contar relevantes histórias”.
Na introdução, a presidente do SJ explica a principal razão deste projecto: “quisemos dar voz aos jornalistas, testemunhas das dificuldades e desafios de uma profissão essencial à democracia, mas a precisar (urgentemente) de ser revalorizada e defendida – por todos, porque é para todos. E quisemos fazê-lo a propósito de um congresso pelo qual esperamos há quase 20 anos e que se vai finalmente realizar em janeiro de 2017″.
O prefácio coube a Isabel Nery, que escreve: “quando pedimos a estes 24 jornalistas para escreverem as histórias das histórias – um relato vivo sobre o que acontecia no terreno, como as reportagens são preparadas e sentidas pelo jornalista – muitos perguntaram se havia tema ou geografia. Não. O que lhes demos foi liberdade. Para contarem o que a cada um parecesse mais relevante, com um objectivo essencial: dar a conhecer melhor este ofício de ser contador da realidade. Um registo da experiência de ser jornalista. Que se tornasse indispensável para o público em geral, mas também para as novas gerações de jornalistas. Que fosse testemunho das contrariedades de uma profissão essencial à democracia”.
O resultado são cerca de 200 páginas escritas por jornalistas de diversos órgãos de comunicação e free lancers.