Repórter sírio eleito Jornalista do Ano
O comunicado da associação Repórteres sem Fronteiras destaca a coragem do jornalista independente Hadi Abdullah, que "não hesita em aventurar-se em zonas perigosas onde poucos dos seus pares se arriscam, para filmar e permitir que os actores da sociedade civil sejam escutados por todos". Recorda ainda que em Janeiro ele chegou a estar detido pela frente Al Nusra:
"Hadi Abdullah esteve por várias vezes muito perto da morte. O seu operador de câmara Khaled al-Issa foi morto em Junho, na explosão de uma bomba artesanal na casa que partilhavam, e ele próprio ficou gravemente ferido neste ataque."
O site 64Tianwang é considerado subversivo pelas autoridades chinesas, que em Setembro detiveram cinco dos seus repórteres, que cobriam a Cimeira G20 e as manifestações em volta dela, em Hangzhou. Como afirma o seu fundador, Huang Qi, "em 18 anos de actividade, nenhum jornalista da 64Tianwang aceitou assinar as confissões redigidas pelas autoridades", que são depois difundidas pelos grandes meios oficiais, para desacreditar as vozes dissidentes.
O casal Lu Yuyu e Li Tingyu foi detido em Junho, estando mais de três semanas sem poder consultar advogados. "Acusados de ‘perturbação da ordem pública’, por terem documentado greves e manifestações por toda a China, arriscam-se a penas pesadas de prisão e a maus tratos enquanto detidos."
A associação Repórteres sem Fronteiras coloca a Síria e a China nos 176% e 177% lugares, entre os 180 da sua classificação mundial de Liberdade de Imprensa.
Mais informação no Le Monde e no site da associação RSF