Nascido em Nova Iorque, em 1948, Nachtwey "é considerado um dos melhores repórteres de imagem de guerra das últimas décadas", declarou Víctor García de la Concha, director do júri do Prémio e também do Instituto Cervantes, citado pelo jornal El País.

"Com o seu testemunho ao longo de 40 anos, narrou todo o tipo de situações de emergência. Nachtwey deu a sua vida a esta profissão e não há conflito importante que não tenha coberto", afirmou Emilio Morenatti, diretor de fotografia da Associated Press para Portugal e Espanha. 

Morenatti sublinhou ainda que, apesar dessas quatro décadas de trabalho, Nachtwey continua ligado ao seu ofício e “acaba de chegar da ilha de Lesbos, na Grécia, de cobrir as histórias dos migrantes”. Acrescentou que Nachtwey é, além disso, o autor do “melhor livro da fotografía moderna, Inferno, onde descreve dez anos de conflitos. É a ‘Bíblia’ dos fotojornalistas”.

 

E lamentou, finalmente, que a sua profissão esteja hoje degradada por outras exigências, “porque a aposta que hoje se faz não é a mesma de há uns anos; hoje, o repórter fotográfico tem que fazer também vídeo, áudio e texto, e isso faz com que perca concentração naquilo que deve ser a sua principal dedicação”. 

O prémio, que será entregue em Outubro, numa cerimónia no Teatro Campoamor de Oviedo, é de 50 mil euros e uma reprodução de uma escultura de Joan Miró. Este é um dos sete prémios concedidos pela Fundação Princesa das Astúrias.

 

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