No que se refere a África, o estudo assinala que há menos reportagem, meios que desaparecem e muitos jornalistas profissionais que se exilam ou mudam de profissão. “A progressiva redução dos assassínios de jornalistas no continente africano não significa mais segurança, mas sim um retrocesso da profissão.”

A situação no continente americano é considerada cada vez mais preocupante, com onze mortes de jornalistas só no México e dois na República Dominicana. “A chegada de Donald Trump à Presidência dos EUA marcou um retrocesso na liberdade de Imprensa no país. Começou atacando os jornalistas e manifestando desprezo pelos media nas primeiras horas do seu mandato, tornando-se um modelo nefasto para os líderes autoritários que figuram na lista dos Predadores da Liberdade de Imprensa dos RSF.”

A Ásia é referida como o continente em que morreram mais informadores durante o ano de 2017 e por haver regiões praticamente sem jornalistas, em países como o Paquistão, a Índia ou a Papua Nova Guiné. Um em cada quatro dos jornalistas presos em todo o mundo encontra-se num cárcere da Ásia Central. 

O capítulo sobre a Europa sublinha, entre outras preocupações, a deriva legislativa que, no Reino Unido como na Alemanha ou na França, procura vigiar as comunicações dos jornalistas, ou as derivas autoritárias na Polónia e na Hungria. 

No Médio Oriente e no Magreb, a violência das guerras na Síria, Iraque, Iémen e Líbia tem consequências terríveis para a liberdade de Imprensa e há outras formas de repressão no Irão e no Egipto.

 

Mais informação na síntese aqui citada e o Informe Anual 2017, aqui acessível