Regulador “congela” compra da TVI pela Altice
Segundo notícia do Dinheiro Vivo, que aqui citamos, entre esses compromissos avultam “a autonomização dos negócios em empresas distintas, a não exclusividade dos canais e a criação de uma figura independente para controlar o cumprimento dos compromissos assumidos”. (...)
Mas a Autoridade da Concorrência considera que “sofriam de insuficientes especificações, apresentavam riscos de monitorização e de eventual incumprimento, bem como de distorção de mercado”:
“A operação vai colocar nas mãos do mesmo grupo a plataforma de televisão paga Meo (a segunda maior em número de clientes) e a TVI, a estação generalista líder de audiências, bem como vários canais temáticos. Uma concentração vertical de activos que causa preocupação junto do regulador, na medida em que os compromissos apresentados não só não garantem o acesso de operadores concorrentes aos conteúdos, nem que o acesso aos mesmos não seja feito através de um aumento dos preços, que se irá repercutir nos consumidores com uma subida na factura mensal.” (...)
“A rejeição dos compromissos apresentados não significa o chumbo da operação. Ou seja, a Altice poderá ainda apresentar novos compromissos, que respondam às preocupações levantadas pela AdC quando decidiu levar o negócio para investigação aprofundada em meados de Fevereiro.”
Segundo o Jornal de Negócios, “perante esta decisão da Concorrência, a Altice tem agora duas opções: ou mantém o seu interesse no negócio, propondo novos remédios que permitam que a entidade liderada por Margarida Matos Rosa viabilize a operação acordada com os espanhóis da Prisa (donos da TVI), ou então desiste da intenção de compra, considerando que não tem condições para apresentar alternativas”.
Mais informação no Dinheiro Vivo e no Jornal de Negócios