Regulação da Imprensa gera polémica no Reino Unido

Os jornais The Guardian, Financial Times, Independent, Evening Standard e a ONG Repórteres sem Fronteiras, entre outros, estão unidos contra esta lei, que “obriga os órgãos que se recusarem a juntar-se ao novo organismo de regulação a pagar todas as despesas de processos judiciais, independentemente da decisão do caso ser contra ou a seu favor” - segundo notícia do DN – Media, que citamos.
Num artigo que toma posição contra a medida agora em fase de implementação, The Guardian afirma:
"Aquilo a que chegámos é uma forma de regulação da Imprensa - tornada possível por uma peça medieval de absurdo constitucional, a Royal Charter - que consiste em pequenas cenouras e grandes cacetes. (...) Os que se recusam a aderir a [este] sistema de regulação ficariam sujeitos a uma forma de justiça anti-natural: os jornais não-cooperantes enfrentam o pagamento das custas dos processos de ambos os lados, mesmo nos casos que ganhem. Isto teria um efeito profundamente restritivo sobre o jornalismo de investigação e contribuiria para tornar inimputáveis os ricos e os poderosos. Os editores seriam obrigados a pensar muito antes de confrontarem alguém com bolsos muito fundos..." (...)
Este jornal dá, no entanto, voz a defensores da nova instituição reguladora, como o actor Hugh Grant, e noticia a realização, por iniciativa do London Press Club, de um debate sobre esta questão, agendado para 13 de Fevereiro; antes disso, a 26 de Janeiro, haverá outro painel sobre um tema mais urgente: "Trump, Brexit... a verdade, a confiança e os meios de comunicação".
Mais informação no DN – Media e em The Guardian