O texto de apresentação previne o leitor de que os textos são longos, pedem tempo de “degustação”, e são de “importância desigual”. Para os que não tenham acesso fácil à revista em papel, o site oferece desde já a versão em pdf

Chamamos aqui a atenção para alguns dos artigos:

O que trata precisamente do “jornalismo político” da campanha presidencial (a partir da pág.13), chamando a atenção para alguns dos seus “males”, em primeiro lugar o de ter sido um “jornalismo especulativo”. 

“Sabendo como a eleição presidencial é capaz de focar a atenção dos leitores e, portanto, de relançar as vendas de títulos muitas vezes moribundos, as chefias editoriais começaram muito cedo a especular. Por muito que sejam risíveis, vistas retrospectivamente, estas interrogações falsamente ingénuas e estas afirmações peremptórias fizeram bom caminho, do Obs [antigo Nouvel Observateur] à Marianne, passando por Le Point e L’Express.” (...) 

Há um outro capítulo importante sobre um tema nunca gasto: “Pós-verdade, fake news: falsas clarezas e pontos cegos”. A partir da pág.4, este ensaio faz a arqueologia (muito recente) dos dois termos agora impostos à comunicação global, as suas consequências para o jornalismo responsável, a crise de confiança e o dever de resistência. 

Outro, logo a seguir, trata da “servidão voluntária” da Imprensa diante dos “gigantes do digital”. 

Enfim, embora o tema de fundo tenha sido resolvido pela (também surpreendente) eleição de Emmanuel Macron à primeira volta, os textos não estão desactualizados pela distância e podem ser revisitados com proveito. 

 

Texto de introdução do Acrimed, com o link para a revista em PDF