Não havendo feridos, e passado o primeiro choque, os jornalistas e técnicos que foram chegando começaram por usar as redes sociais para prosseguir o trabalho, fazendo reportagem sobre o espaço incendiado. 

A rádio France 3 Alpes disponibilizou-se para acolher provisoriamente a France Bleu Isère. “Será tomar a palavra em condições degradadas, mas queríamos apenas dizer obrigado aos nossos ouvintes”  - explica Nicolas Crozel. Gostaríamos de lhes dizer que estamos vivos. Não será a sua rádio habitual, mas será, mesmo assim, a France Bleu Isère.” 

Segundo L’Express, que aqui citamos, “numerosos ouvintes vieram manifestar apoio à sua rádio local, ou pelas redes sociais ou em pessoa, diante do edifício destruído. Também jornalistas [das redes] nacionais manifestaram a sua incompreensão de um acto como este. O ministro da Cultura, Franck Riester, declarou o seu ‘total apoio a toda a equipa’.” 

“Este acto odioso tem de ser severamente punido”  -  escreveu no Twitter. 

“Ficamos muito comovidos por esta solidariedade. É isso a proximidade de uma rádio local, que faz parte do quotidiano dos que a escutam”  - adianta Nicolas Crozel, com os outros jornalistas reunidos num pequeno bar da vizinhança, onde fizeram uma espécie de quartel-general provisório e onde debatem sobre o que aconteceu. 

André Faucon, o director de France 3, a estação que acolheu a rádio vítima do atentado, desabafa contra o clima de que estão a ser alvo os media, neste momento: 

“Nós, na France 3, passámos o fim-de-semana barricados, porque estávamos cercados por manifestantes que queriam entrar. Somos origados a ter agentes de segurança para acompanharem as equipas de reportagem quando vão em serviço. Já chega! É insuportável termos de continuar a trabalhar neste clima.”

 

Mais informação em L’Express  e na FranceInfo