Este primeiro caso deu-se na na localidade de Pontet, na região de Avignon, na manhã de sexta-feira. O proprietário do quiosque, Sylvain Ali, conta que foi abordado por um transeunte que lhe perguntou se não tinha vergonha de expor aquilo. Depois foram chegando outros, na sua maioria turcos. 

“Tive de lhes explicar que nós, donos dos quiosques, não tínhamos escrito os artigos nem escolhido afixar a capa de Le Point. Bem tentei defender a liberdade de imprensa, mas eles não quiseram ouvir.” (...) 

Segundo Le Point, que aqui citamos, durante a tarde outros manifestantes apareceram, com um retrato do Presidente Erdogan, e a pressão tornou-se mais intimidatória, com ameaças de incendiar o quiosque. A esposa do proprietário telefonou então à empresa Médiakiosk, pedindo que vissem retirar o cartaz, o que foi feito por um funcionário enviado de Marselha. 

“Os donos dos quiosques não têm a chave que lhes permita retirarem, eles próprios, os anúncios.” 

“Foi referido um segundo caso de destruição por simpatizantes do AKP, na localidade de Valence” (Drôme). 

Segundo Le Monde, o Presidente da Câmara do Pontet, Joris Hebrard, da Frente Nacional, denunciou os incidentes como “inaceitáveis”, afirmando, em comunicado, ter solicitado ao director regional da empresa dos expositores que o cartaz fosse reposto o mais depressa possível. “Não se transige com a liberdade de expressão em França, muito menos no Pontet”  - disse também.

 

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