O autor compara brevemente o que sucedeu com o Grupo Zeta, o Prisa e o Vocento. 

“Há que precisar que o Zeta perdeu 20,6 milhões de euros no ano passado, e arrastava um forte endividamento, que a banca não achou inconveniente em perdoar em grande parte, facto insólito se algum pode sê-lo. O Grupo Prensa Ibérica, dirigido por Javier Moll, aglutina agora 25 títulos diários, mais uma quantidade de revistas e outros activos.” (...) 

Sobre o Grupo Prisa, Ormaetxea recorda que entrou em bolsa no ano de 2000 com uma cotização de 20,8 euros por título. “O seu valor de mercado era então de 4.551 milhões de euros, o que o levou ao 13º posto das empresas cotadas.” 

Recentemente, e mesmo com várias operações substanciais de aumento de capital, é cotado abaixo dos 1,5 euros por título. Em dezoito anos, caíu desse valor de 4.551 milhões de euros para cerca de 500 milhões. 

Sobre a Vocento, declara que “era uma autêntica máquina de fazer dinheiro, com os seus diários regionais”. Quando entrou em bolsa, em Novembro de 2006, valia 1.875 milhões de euros. Agora vale cerca de 166 milhões. 

“Terá isto lógica económica e, sobretudo, lógica com a enorme influência que ainda detêm os meios de comunicação?”  - pergunta Miguel Ormaetxea. 

O último relatório Navegantes en la Red, da AIMC, “revela que 45,3% dos internautas espanhóis só lêem a versão digital dos jornais, frente aos 8% que só lêem a impressa; os utentes da Internet, cujo número fica perto do total da população, acedem de forma esmagadoramente maioritária através do telemóvel”. 

“Tudo parece indicar que estamos entre um ecossistema que agoniza e outro que ainda não nasceu”  - conclui.

 

O artigo aqui cita, na íntegra em Media-tics.