“Público” festeja aniversário e edita caderno especial
Mas o título da notícia que citamos, na edição de sábado, é “Amanhã logo vemos o que nos espera”.
E no editorial da edição especial, Vicente Jorge Silva, que foi o primeiro director do Público, recorda que o jornal “nasceu num momento crucial de transição entre dois mundos: o mundo pré-Internet e o mundo pós-Internet, no centro nevrálgico de uma revolução tecnológica, cultural e social que alterou decisivamente o rumo das nossas vidas e hábitos quotidianos”. (...)
No editorial da edição normal, o actual director, David Dinis, cumprimenta o director fundador, cita com destaque a edição do suplemento P2 de domingo, nomeadamente sobre o trabalho de investigação em torno da crise do jornal impresso, e dirige-se aos leitores:
“Esta edição é, portanto, uma homenagem. A si, à nossa missão, ao essencial dela. Uma homenagem a quem nos fundou - e nos permitiu servi-lo a cada dia. E é também uma resposta, como quem lhe diz que sabemos que o futuro é hoje, que o ‘papel do papel’ é servi-lo sempre, na marca dessa memória.” (...)
O caderno da edição especial de aniversário começa por contar a história do Público, com a foto do grupo inicial, de 1989, e várias imagens de capa de números que relatavam eventos mais significativos. Há depois um trabalho sobre “Cavaco, três décadas no centro do país político”.
A situação internacional é referida num outro sobre a evolução política ocorrida nestes anos, intitulado “O Ocidente já não é o centro do mundo”; bem como em “A Europa e o regresso da ‘questão alemã’”, que destaca sobretudo o papel de Angela Merkel, mas também os de duas outras dirigentes políticas, Marine Le Pen e a mais recente Theresa May.
Há muitos outros textos que fazem o balanço de temas novos na nossa história: um deles os Estudos de Género, que vão passar a ter um curso de doutoramento em Portugal; outro, “A rede que apanhou o mundo”, sobre a Internet e as suas consequências, chegando à revolução digital no “consumo” de música, filmes - e da informação; outro ainda, sobre o novo protagonismo dos chefs de cozinha; e um que não podia faltar, aquele que define estas três décadas como “A era Ronaldo”.