Nawal Berry, uma repórter deste canal de televisão, foi víctima de um ataque promovido por apoiantes do grupo militar Hezbollah. Em declarações à agência Associated Press, a jornalista exprimiu a sua revolta e confusão - “como é possível que um repórter já não possa trabalhar sem ser espancado e humilhado? Onde estamos? O Líbano é um país de liberdade e democracia”.

A Reuters, bem como o canal libanês Al Jadeed, confirmaram que alguns dos “cameramen” com quem trabalhavam foram, igualmente, agredidos. Outros jornalistas locais declararam, nas redes sociais, que os “media” com os quais colaboram estão a ser objecto das forças de autoridade no decorrer dos protestos. 

Recorde-se que, a vaga de protestos começou pouco tempo depois de o governo ter anunciado novos impostos. Dezenas de milhares de manifestantes pacíficos, de vários sectores da sociedade, saíram à rua alegando corrupção política. Os civis exigiram “a queda do regime”. 

Segundo dados da Amnistia Internacional, a frustração para com o governo libanês ganhou escala, nos últimos anos. devido a cortes na água e na electricidade e às falhas na gestão da crise económica. O descontentamento popular levou o primeiro-ministro, Saad Hariri, a demitir-se.