Promulgada em França a chamada “taxa YouTube”

Este passo ocorre poucos dias depois de uma reunião dos ministros europeus das Finanças, realizada na Estónia, para encontrarem uma resposta comum às “estratégias de optimização fiscal” das GAFA (Google, Apple, Facebook, Amazon), que “obtêm lucros de biliões de dólares, mas pagam muito poucos impostos na Europa, que é o seu segundo maior mercado a seguir aos Estados Unidos.”
Conforme noticiou, então, Le Figaro, que aqui citamos, a França procurou assumir a liderança da ofensiva europeia, com uma proposta de Bruno Le Maire, “apoiada pelos seus homólogos alemão, espanhol e italiano”. (...)
Segundo Le Monde, esta taxa irá sempre alimentar o Centro Nacional do Cinema, que depois financiará a criação. Este ponto tinha “provocado a ira dos industriais da música, que desejavam aproveitar uma parte deste novo maná gerado pelos videoclips; os produtores fonográficos deveriam, contudo, recuperar uma parte mais importante do que hoje”. (...)
“Uma das vitórias consiste desde já em obrigar as GAFA a uma maior transparência, e a publicarem o seu volume de negócios realizado no Hexágono, porque é sobre essa base que vai ser aplicada a taxa. O CNC precisa: “Hoje é tudo muito opaco. Ora, estes dados são fundamentais para os que são titulares de direitos, portanto os criadores.”
Tanto Le Monde como Le Figaro fazem a cronologia recente destas questões, que foram objecto de vivos debates em França, desde a primeira “taxa Netflix”, votada em meados de 2014. A presente “taxa YouTube”, criada em finais de 2016, não teve o apoio do governo de Valls, mesmo depois de votada no Parlamento.