Presidente reconhece “situação de emergência” nos Media em Portugal
“Não sei, verdadeiramente, quais são as pistas” - disse. “Tenho para mim esta preocupação, que é: não queria terminar o meu mandato presidencial com a sensação de ter coincidido com um período dramático da crise profunda da comunicação social em Portugal. E, portanto, da liberdade em Portugal e, portanto, da democracia em Portugal.” (...)
Nesta linha de preocupação, o Presidente equacionou a possibilidade de “uma forma de intervenção transversal” ou através de “pequenas medidas”, como “o porte pago, por exemplo”, salientando o seu impacto na Imprensa regional e local.
“Apesar de tudo, não era uma intervenção escandalosa”, considerou.
Recomendou também, como hipótese de intervenção, “estudar o que se faz lá fora” em relação às “grandes plataformas multinacionais”, que utilizam conteúdos da comunicação social portuguesa, “mesmo sabendo que se trata de uma luta muito desigual, para haver uma compensação do que é feito cá dentro e que devia ser remunerado”. (...)
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na cerimónia de entrega dos Prémios Gazeta 2017, do Clube de Jornalistas, afirmou:
“Este é um tempo de resistência. Vão ter de resistir para poder vencer. Eu vou ver o que posso fazer para ajudar nessa resistência, mas só resistindo é que se conseguirá vencer. (...) Vale a pena resistir, pelo jornalismo, pela liberdade, pela democracia em Portugal.”
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