Paulo Fernandes, presidente do Grupo Cofina, diz não duvidar de que os tempos vindouros serão difíceis para os “media”, pelo que considerou o pacote de medidas de apoio definidas pelo Governo “absolutamente insuficiente”.
À saída de uma audiência com o Presidente da República, Paulo Fernandes destacou o caso das receitas do Grupo que dirige, que registaram uma queda de 50%.
Recorde-se que o Governo anunciou apoios de emergência aos “media” no âmbito do impacto da Covid-19, em que se incluem “15 milhões de euros na aquisição antecipada de espaço para publicidade institucional, através de televisão e rádio, em programas generalistas e temáticos informativos, e através de publicações periódicas de informação geral“, anunciou a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
Questionada sobre quando é que a medida começa a ter impacto nas empresas de “media”, Graça Fonseca disse esperar que esta começasse a surtir o efeito desejado ainda no mês de Abril.
A Cofina, que detém o Correio da Manhã e a CMTV, registou, em 2019, um resultado líquido de 7,2 milhões de euros, um valor 15,3% acima do obtido em 2018, numa base comparável, “excluindo operações descontinuadas”, segundo um comunicado divulgado em 13 de Março.
Na nota, o Grupo explica ainda que, incluindo estas operações, o aumento dos lucros foi de 7,5%, em termos homólogos.
As receitas operacionais do Grupo, que detém, ainda, o “Jornal de Negócios” e a “Sábado”, caíram 1,4% para 88,02 milhões de euros em 2019, ainda que no quarto trimestre de 2019 tenham crescido em 1%, sobretudo, graças ao “marketing” alternativo.