Prémios Gazeta atribuídos pelo Clube de Jornalistas
Assim, o Prémio Gazeta Imprensa coube ao jornalista Manuel Carvalho e ao fotojornalista Manuel Roberto, do Público, pelo trabalho “A Guerra que Portugal quis esquecer”, uma série de reportagens históricas que “resgata do esquecimento o trágico confronto dos militares portugueses com as tropas alemãs, durante a I Grande Guerra, no Norte de Moçambique”.
O Prémio Gazeta de Televisão foi atribuído a Pedro Coelho, jornalista da SIC, pela reportagem “Depois da Fraude”, sobre o BPN, enquanto o Prémio Gazeta de Rádio distinguiu Mário Galego, da Antena 1, pela reportagem “Cante da Humanidade”, que retrata a viagem de autocarro e a intervenção, na sede da UNESCO, em Paris, do grupo coral de Serpa na sequência da classificação do cante alentejano como património cultural e imaterial da humanidade.
Na categoria Multimédia, o Prémio Gazeta foi atribuído a Catarina Santos, da Rádio Renascença, pelo trabalho “A sul da sorte”, sobre “o drama de milhares de migrantes que todos os dias tentam chegar à Europa, fugidos da Líbia, da Síria ou de outras terras onde há muito nada se espera”.
António Cotrim, da Lusa, venceu por seu lado o Gazeta de Fotografia com uma imagem tirada durante o resgate de helicóptero dos corpos do casal polaco que caiu no Cabo da Roca no Verão de 2014.
O prémio Gazeta Revelação pertenceu à jornalista Vânia Maia, da revista Visão, pela reportagem “Kiruba veio estudar para Lisboa”.
Finalmente o jornal Soberania do Povo, de Águeda, foi distinguido com o Gazeta Imprensa Regional e Fernando Paulouro Neves, director do Jornal do Fundão até 2012, recebeu o Gazeta de Mérito.
O presidente do Clube de Jornalistas, Mário Zambujal, aproveitou a oportunidade para chamar a atenção para «os problemas com que se debate o jornalismo português», classificando-os como o «lado amargo» da profissão.
E enfatizou que se sucedem as «ondas de despedimentos numa época de acontecimentos históricos, em Portugal, na Europa e no Mundo». Jornalista e escritor, Mário Zambujal concluiria ainda na cerimónia que «encolhemos e enfraquecemos quando a necessidade da boa informação cresce, para defesa da cidadania e da democracia. Não faz sentido.»
À cerimónia assistiu o novo Ministro da Cultura, João Soares, garantindo que enquanto governante tudo fará para preservar a liberdade de imprensa.