O crime ocorreu a 19 de Dezembro de 2016, na Galeria de Arte Contemporânea de Ancara. O Embaixador Andrei Karlov, que iria inaugurar uma exposição de fotógrafos russos, foi atacado pelas costas pelo agente, integrado no seu próprio serviço de segurança.

A poucos passos de distância estava o fotojornalista turco Burhan Oxbilici, que, após um primeiro momento de estupefacção, reagiu fazendo o seu trabalho: fotografar o que acontecia.

 

O premiado nasceu em Erzurum, na Turquia, e trabalhou em vários jornais do seu país até entrar para a AP, em 1989. Cobriu a guerra do Golfo na Árabia Saudita, em 1990, e tem acompanhado muitos acontecimentos importantes na Turquia, como a tentativa de golpe de Estado de 2016.

 

O vencedor recebe 10 mil euros e algum material disponibilizado pela Canon. As fotografias premiadas vão viajar por 45 países, onde serão expostas.

 

Mas o presidente do júri, Stuart Franklin, declarou, em artigo publicado em The Guardian, que não votou nesta imagem para o Prémio de Melhor Fotografia do Ano, mas apenas para o de Notícias de Última Hora:

“É a imagem de um assassinato, com o assassino e o morto na mesma fotografia, e oralmente é tão problemático como publicar um terrorista a decapitar a vítima. (...) Colocar esta fotografia num pedestal tão alto é um convite àqueles que contemplam a espectacularidade destes palcos: reafirma a associação do martírio e publicidade.”

 

A fotografia vencedora do World Press Photo do ano passado (referente a acontecimentos de 2015) foi a de Warren Richardson, um fotógrafo australiano que registou o momento em que dois refugiados passavam um bebé pelo buraco de uma vedação de arame farpado, na fronteira entre a Sérvia e a Hungria.

 

 

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