Portugal e Suíça poupados em relatório dos Repórteres sem Fronteiras
“Nunca imaginei, quando comecei a sonhar que seria jornalista, que um dia viria a ser considerado ‘inimigo do povo’” - escreve Alfonso Armada.
“Este Informe Anual 2018 demonstra como continuam preocupantes, no mundo, as tendências herdadas dos anos anteriores, enquanto se acentuam outras, como a violência da população contra os que informam.” (...)
A introdução ao capítulo sobre a Europa afirma que “os governos europeus persistem no seu empenho em legitimar a vigilância das comunicações dos jornalistas com novas iniciativas legislativas”. É referido explicitamente o problema da exportação, por vários países europeus, de tecnologia desta natureza.
“Se a revisão do regulamento não for adoptada no início de 2019, há o risco de que seja adiada, por motivo das próximas eleições. Os Repórteres sem Fronteiras e outras organizações advertem do perigo decorrente dos programas de vigilância para os profissionais da Informação e as suas fontes.”
“Outra tendência alarmante é o desmembramento dos meios de comunicação, incluindo públicos, bem como a crescente censura desde a chegada aos governos de grupos de extrema-direita em vários países europeus, como são os casos da Áustria, Polónia ou Hungria.”
“A concentração de meios de comunicação nas mãos de poucos, geralmente grandes grupos editoriais ou oligarcas próximos do governo, é também uma situação comum a vários Estados. Em alguns casos, como no Reino Unido, a segurança nacional serviu como desculpa para uma política mais restritiva perante a Imprensa.” (...)
Mais informação sobre a apresentação do documento e o texto do Informe Anual 2018.
O relatório anterior dos RSF, com o ranking da liberdade de Imprensa, publicado em Janeiro de 2019