Há três anos, na Universidade do Porto, o presidente da ERC já propunha a criação deste plano para os media, e invocava necessidade de defesa dos operadores do sector.  Nessa ocasião, o orador citou o filósofo basco Daniel Innerarityque defende ser preciso libertar o futuro da ditadura do presente”, referindo-se claramente à “vertigem, ao já, ao directo” do jornalismo actual, que retiram a “profundidade temporal” e distribuem uma “superficialidade informativa”. 

No decorrer da sessão de encerramento da 25ª edição do Congresso das Comunicações, Carlos Magno lembrou a necessidade de defesa dliberdade de expressão, manifestando também a sua preocupação com o momento difícil que o segmento dos media passa, que se deve, precisamente, a um cada vez menor poder editorialÉ preciso, observou Carlos Magno, "defender os cidadãos do abuso dos media" e "fazer com que espaço editorial seja separado dos outros poderes (potico, económico e da justiça).  

No seu discurso, o presidente da ERC referiu também a necessidade de uma maior utilização de novas ferramentas digitais, como a Internet, considerando-a grande aliada, nesta fase difícil. "É preciso pensar digital, o futuro é digital", referiu.  

Carlos Magno considera que "estamos na metamorfose do analógico para o digital. A mensagem hoje já não é o meio, mas a marca. O título pode ser uma excelente plataforma multimédia".  

"Em vez dos cinco minutos de fama, vamos passar a falar dos cinco megabytes de fama que cada um pode ter", referiu o Presidente da ERC.