Pérez, que acompanhava notícias sobre crime organizado e que fundou o site de notícias La Voz del Sur, numa das cidades onde um cartel de drogas é particularmente activo, fazia parte de um programa governamental de protecção de jornalistas desde 2015, segundo The Telegraph. No entanto, “nunca tinha denunciado qualquer tipo de ameaça contra ele”, explicou uma responsável daquele programa. 

Veracruz, um estado que se estende ao longo da costa do golfo do México, tornou-se um dos lugares mais perigosos do mundo para se ser jornalista. Gumaro Pérez Aguilando foi o quarto repórter a ser morto naquele estado em 2017. 

O jornal The Guardian lista outros casos ocorridos este ano no México, como o de Cándido Ríos Vázquez, que também estava ao abrigo de um programa de protecção do Governo federal e que foi morto em Agosto depois de ter recebido ameaças de um autarca na região. Um mês antes, o fotojornalista Edwin Rivera Paz foi baleado e morto por homens armados em Acayucan. Miroslava Breach, outra jornalista que cobria actividades criminosas no Norte do estado de Chihuahua, foi morta a tiro em Março, quando levava o filho à escola.  

 

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