A UNITA, principal partido da oposição angolana, criticou o boicote das televisões estatais às suas iniciativas, salientando que esta acção vem “confirmar e oficializar a reiterada censura” e violação das leis e deontologia.
Em causa está um comunicado emitido pelos canais públicos de televisão angolanos, TPA e TV Zimbo, que decidiram deixar de cobrir actividades da UNITA, perante as agressões aos seus jornalistas, numa manifestação convocada por aquele partido.
Em resposta, a UNITA disse que os dois canais públicos “não são, de facto, seus concorrentes” e convida a tutela e os gestores daqueles órgãos “a reflectirem sobre a sua reiterada prática panfletista e exclusivista contra a UNITA e o seu líder”.
Estes posicionamentos, considerou a UNITA, “só vieram confirmar e oficializar a reiterada censura e confissão do desrespeito e da grave violação às leis e à deontologia que demonstram ignorar”.
O partido acrescenta que o seu presidente, Adalberto da Costa Júnior, condenou “as acções dos jovens que impediram as reportagens dos correspondentes das televisões públicas” e assinala que “a legítima defesa dos colaboradores” dos canais “não pode resvalar no argumento de não lhes mandar cobrir futuros eventos organizados pela UNITA”.
O comunicado aborda, ainda, “o perfeito alinhamento do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social com as direções da TV Zimbo e TPA” sobre o incidente ocorrido.
Setembro 21
Conforme indicam relatórios da “Freedom House”, Angola é um país não livre, onde a maioria dos “media” é controlada pelo governo, recusando-se, por isso, a fazer a cobertura noticiosa de alguns eventos críticos do regime político.
Além disso, grande parte dos directores de “media” privados mantém uma relação próxima com o MPLA.
Angola encontra-se em 103º lugar no Índice de Liberdade de Imprensa dos Repórteres sem Fronteiras, que avalia um total de 180 países.
Num artigo publicado no Instituto Poynter, o media business analyst Rick Edmonds explica que se propôs a um exercício: verificar se os desertos de notícias, cidades que já não têm cobertura...
A directora executiva da BBC News, Deborah Turness, afirma que o alcance da empresa tem estado a “desafiar a gravidade” e que, por isso, a tecnologia deve ser usada para “apoiar e acelerar o...
O Relatório sobre a Liberdade de Imprensa na Europa 2024: Confronting Political Pressure, Disinformation and the Erosion of Media Independence, que promove a protecção do jornalismo e a segurança...
A organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) alega estar a ser alvo de uma campanha de desinformação que promove a agenda da Rússia desde Julho de 2024: “Diversos vídeos que circulam na...
“A cobertura dos conflitos em Gaza e no Líbano tornou-se uma das mais perigosas e mortíferas para os jornalistas na história recente”, começa por contar Ethel Bonet, jornalista a trabalhar no...
“Quando os talibãs começaram a marchar em direcção às cidades do Afeganistão, no Verão de 2021, Alia [nome fictício], uma jornalista afegã de 22 anos, deu por si a fazer um dos trabalhos...
O Departamento de Estado dos Estados Unidos ordenou que as embaixadas e consulados do país em todo o mundo cancelassem assinaturas de meios de comunicação social considerados “não...
O Relatório de Monitorização 2024, divulgado pelo Media Freedom Rapid Response, analisa a situação da liberdade de imprensa em 35 países europeus. Entre Janeiro e Dezembro do ano passado, foram...
O Instituto Internacional de Imprensa (IPI), em conjunto com várias organizações defensoras da liberdade de imprensa, de expressão, dos direitos humanos e dos jornalistas, tem expressado grande...