O jornal Le Monde recorda que na sua origem, no séc. XIX, a Havas era ao mesmo tempo fornecedora de notícias e de publicidade para os jornais.

“Hoje, a tendência vai mais no sentido da separação entre as actividades de venda e de aquisição de espaços publicitários. As grandes agências mundiais de publicidade não são detentoras de meios de comunicação, mesmo que tenham por vezes alguma participação minoritária, como o gigante WPP o fez na Vice.”

Como descreve o mesmo jornal, a questão de possível conflito de interesses levou a uma consulta pela Comissão Europeia, “no quadro da sua aprovação do controlo de Vincent Bolloré na Vivendi”, mas a conclusão do documento acabou por ser favorável a Vivendi. 

Segundo o Jornal de Negócios, que aqui citamos:

"Se a Vivendi e Bolloré chegarem a bom porto com a Havas e concluírem o negócio, a Vivendi lançará depois uma oferta sobre o restante capital accionista, ao mesmo preço  – e sem ter em vista a retirada de bolsa da Havas, segundo a mesma fonte. O que totalizará 3,9 mil milhões de euros."

Este negócio "adequa-se na perfeição num sector que está a converger entre conteúdos, distribuição e comunicação", declarou o CEO da Vivendi, Arnaud de Puyfontaine, numa conferência com analistas. "Conhecemo-nos todos muito bem, gostamos de trabalhar em conjunto e o nosso ambiente é totalmente amigável", acrescentou, citado pela Bloomberg. 

“A conjugação de ambos os negócios aumenta o potencial de conflitos de interesse, dado que a Havas compra publicidade nas plataformas de media em nome de anunciantes, e a Vivendi detém algumas dessas plataformas, sublinham os analistas.” (...) 


Mais informação em Le Monde e Jornal de Negócios, de onde colhemos a imagem utilizada