Os quatro fundadores do Observador, António Carrapatoso, Duarte Schmidt Lino, José Manuel Fernandes e Rui Ramos, assinam um texto de apresentação em que declaram, entre outras coisas:

“Diferenciámo-nos, desde a primeira hora, por sermos exclusivamente digitais e acreditarmos que esse é o futuro da informação e do jornalismo, em especial do jornalismo de qualidade. Diferenciámo-nos também por rejeitarmos as águas chocas em que os meios de comunicação não assumem uma orientação e um ponto de vista, como é saudável, e também é norma, nas democracias ocidentais.”

Explicam também como passaram, desses quatro nomes iniciais, “para mais de sessenta colaboradores, crescendo num tempo em que, por todo o lado, só se fala em minguar, em cortar e em despedir. E fizemo-lo com base em receitas crescentes e no apoio dos nossos accionistas, aproveitando criteriosamente os recursos disponíveis, muita dedicação e muita motivação”. (...) 

“Fazemo-lo para os actuais 3,5 milhões de leitores e para os muitos novos que virão, que querem ser informados e esclarecidos atempadamente sobre tudo o que de mais relevante acontece.” 

A coordenação editorial volta a ser de João Miguel Tavares, que destaca, em texto publicado na edição online, algumas das principais peças deste “novo best of especial de aniversário do Observador”, apresentando-o, no seu conjunto, como “um enorme luxo para quem gosta de bom jornalismo”. 

A que faz o título de capa, “Como arruinar um país”, reune as principais investigações de Luís Rosa, sobre casos de justiça, num encarte especial intitulado “Pequeno Dicionário dos Grandes Negócios”:

“Quando se reúnem tantos textos dispersos num só trabalho, onde se fala (por ordem alfabética) de Bataglia, Bava, Dias Loureiro, Granadeiro, Salgado, Sócrates ou Veiga, aquilo que obtemos é um conjunto de métodos e negócios que se cruzam, traçando um retrato assustador do Portugal dos últimos 15 anos. Eles estão todos a rir-se na capa. Nós choramos lá dentro.”

 

A concluir, João Miguel Tavares explica as “duas regras de ouro” que foram seguidas para construir esta revista:

 

“Em primeiro lugar, que todos os textos fossem actuais à data de publicação. Isso teve uma de duas consequências, em relação a textos mais marcados pelo tempo: ou foram devidamente reformulados, ou simplesmente ficaram de fora. A intenção é que a revista seja o mais intemporal possível, enquanto número anual para colecionadores e admiradores do Observador.”

“A segunda regra tem a ver com a qualidade do design, que ficou mais uma vez a cargo da Silvadesigners. O atelier de Jorge Silva dispensa apresentações, e eu acredito muito que a qualidade do desenho de uma publicação é cada vez mais um dos grandes trunfos para a sua aquisição. Em conjunto com os designers Luís Alexandre e Nuno Silva, trabalhámos tanto para ter um conteúdo de excelência como para ter um objecto esteticamente apetecível e marcante. Os textos são muito bons e a revista está muito bonita. O terceiro aniversário do Observador não merecia menos do que isso.”

 

Mais informação sobre o conteúdo da revista no texto de João Miguel Tavares