O Sol remodelado voltou a publicar-se ao sábado

Em editorial intitulado “O futuro começou ontem”, o novo director, Mário Ramires, até há pouco administrador da extinta empresa Newshold, afirma que “o Sol continua e continuará com a mesma linha editorial”, escrevendo, ainda, que “a questão fulcral para os meios de comunicação social – e particularmente na chamada imprensa escrita – no mundo global em que vivemos é a sustentabilidade. Ou melhor, a falta dela”.
Os anteriores directores, José António Saraiva e José António Lima, assumem a posição de conselheiros editoriais nesta fase do jornal, mantendo as respectivas colunas de opinião.
Na nova estrutura da direcção do Sol apenas permanece Ana Paula Azevedo, que sobe a directora executiva, secundada por José Cabrita Saraiva, como director executivo adjunto.
No matutino i, Vítor Rainho e Ana Sá Lopes asseguram a direcção executiva.
O Sol e o matutino i - que cessou a edição de fim de semana -, passaram a ser detidos por uma nova empresa, a Newsplex, a cuja administração preside, também, Mário Ramires.
No estatuto Editorial, o Sol reclama-se “um jornal rigorosamente independente de partidos políticos, organizações económicas, igrejas ou seitas”.
Entre as novidades de conteúdo do Sol figura a substituição da revista Tabú pelo caderno B.I., habitualmente publicado pelo jornal i ao fim de semana.
O preço de capa do Sol foi agravado para 2,50 euros (custava anteriormente 2,20 euros), mesmo assim inferior ao do seu concorrente mais directo, o Expresso, que é vendido a 3,20 euros.
Recorde-se que esta reestruturação implicou a saída de mais de uma centena de trabalhadores, na sua maioria jornalistas, pertencentes aos quadros do Sol e do maturino i .
A nova redacção, comum aos dois jornais, tem 50 jornalistas, num total de 67 colaboradortes, todos com contrato sem termo, conforme indica o Sol.
O Sol foi lançado em 2006, tendo como director José António Saraiva, que exercera estas funções no Expresso, sendo acompanhado por um grupo de jornalistas daquele semanário. Em 2009 foi adquirido pela Newshold.
O diário i existia desde Maio do mesmo ano, como projecto financiado pelo Grupo Lena e dirigido por Martim Avilez Figueiredo. Mais tarde seria adquirido pela Sogapal e depois, em 2014, pela Newshold.