O livro de vida de Alice Vieira, jornalista e escritora

Depois da autobiografia, vêm os retratos propriamente ditos: dezasseis páginas deles, a preto e branco os mais antigos - alguns deles “coloridos”, como se usava então. E a seguir os “testemunhos” - mais de 60, de pessoas que a Alice marcou, muitas delas jornalistas como nós.
Sobre a relação entre aqueles dois modos de escrever, é melhor transcrever o parágrafo completo da Alice Vieira:
“A escritora não matou a jornalista. Eu sou sobretudo jornalista. Costumo dizer que, se a minha editora me dissesse «escreveste tanto livro, agora fica sossegadinha, a gente não quer mais», eu aceitava logo. Mas é que era logo! Mas ela nunca me diz isso. Agora se eu ficasse sem sítio onde pudesse escrever para jornal, que é uma escrita completamente diferente, isso havia de me fazer muita falta. Mas os livros, já são uns oitenta e tal, já parava. Mas já tenho aí mais dois agendados.”
Declaração de interesses: as duas fotografias com a Alice a escrever à máquina foram tiradas na redacção do Diário de Notícias, num sítio que conhecemos e já não há.
Mais informação no Observador