Todos ficam a ganhar com esta evolução : o anunciante que beneficia de uma técnica própria no mundo digital , que é a geofocalização, e graças à qual pode fazer campanhas exclusivas para os consumidores que vivam nos arredores do seu negócio.

 

Por seu lado, o leitor pode optar,por exemplo, por quatro modelos do jornal L’Observateur , com conteúdos e secções que se adaptam aos seus gostos individuais.

 

O jornal do futuro terá menos páginas, mas todas serão uteis para o leitor. Terá impresso o nome do assinante e os anúncios serão dirigidos às suas preferências. Pode, ainda, dar-nos os parabéns ou recordar que um prazo está a acabar.

 

Ou seja, um jornal pode aproveitar os dados que obtém sobre os utilizadores do digital, para personalizar a sua edição no papel.

 

Um exemplo do sucesso dos periódicos hiperlocais é o britânico Your Local Paper. Este semanário, gratuito e independente, aumentou a sua tiragem de 23 para 24 mil exemplares para satisfazer a crescente procura dos leitores. E, apesar da tendência ser para reduzir o numero de páginas impressas, o YLP passou, recentemente, das 48 páginas iniciais para as 104.

 

Uma das estratégias foi a de dar prioridade a impressão. A edição online só está disponível um dia depois de ser distribuída a edição impressa.

 

O dono do jornal, Alan Taylo, assegura que os seus leitores gostam do formato do papel, que é cosido para ser de mais fácil manuseio, e valorizam os conteúdos hiperlocais que consideram bem escritos. Desta forma, tornou-se num dos poucos títulos que ainda crescem no Reino Unido.

 

Enquanto o The New York Times e o The Washington Post  querem converter-se em jornais cada vez mais globais, o futuro para os títulos pequenos está em personalizar publicidade e conteúdos.  Porque nem sempre os anunciantes querem chegar a grandes massas, mas sim ao cliente real. E este estará interessado em saber o que aconteceu no outro lado do mundo, mas mais ainda em ser informado sobre aconteceu à sua porta ou no seu bairro.